quinta-feira, 23 de agosto de 2012

SE UMA PEDRA CRESCEU


SE UMA PEDRA CRESCEU

Ah! quem sou eu
para escrever um verso assim
como um Pessoa,
mesmo que não seja o próprio Pessoa,
como também não sou eu
o ópio de mim.

Quem seria eu
para ser o autor de cantos já cantados
por quem já cantou seus cantos;
se cantos, recantos na alma os tenho,
como se fossem meus,
e não vivo em lugar nenhum.

Quem sou eu
para ser o reverso de mim,
se nos versos me estranho
e quando chego ao fim
não sou o mesmo
que começou a escrever ali no alto.

Quem sou eu
para ser o coerente senhor que se repete
se a cada manhã olho o mundo de forma diferente,
e vezes me assusto,
e outras vezes nem tanto.

Quem sou eu
para ser parecido comigo
se a cada dia eu sou um ser diferente.
Parecido é quem se parece
com quem não muda nunca.

Quem sou eu, inteiro ser,
se às vezes me sinto
a metade de mim que eu não conhecia
ou que eu não sabia existir
em minha mente.

Quem sou eu
para ter permanência e limite
se a última fronteira está ali atrás,
só porque eu andava só,
e não vi nada riscado no chão
que me dissesse: é aqui!..
.
Quem sou eu
para escrever aqui
esses versos que contém uma poesia,
mas não a minha poesia só,
se a poesia desses versos
não fui eu só que a escrevi.

Eu nem escrevi nada ainda, porque eu nunca escrevo.

Eu sou só uma voz muda, uma pedra que cresce,
e às vezes sai por aí dizendo para outras pessoas
que as pedras crescem,
rindo e chorando,
quando encontro quem fala que viu
- que uma pedra cresceu...

Marco Bastos





terça-feira, 21 de agosto de 2012

Manipulação Mental e Midiática


Manipulação Mental Midiática
Noam Chomsky desenvolveu a lista das "10 Estratégias de Manipulação” dos princípios sociais e econômicos, de forma a a...trair o apoio inconsciente dos meios de comunicação para a manipulação
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01. A estratégia da distração: O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas. A técnica é a do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações sem importância. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. ”Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, atraída por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar. (Citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).
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02. Criar problemas e depois oferecer soluções: Este método também é chamado: “problema--> reação--> solução”. Se cria um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o suplicante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o requerente de leis de segurança e políticas, em prejuízo da liberdade. Ou também: Criar uma crise econômica para que o povo aceite como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
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03. A estratégia da gradualidade: Para fazer que se aceite uma medida inadmissível, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, num prazo ampliado. Dessa forma, as novas condições impostas, as mudanças radicais são aceitas sem provocar revoltas.
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04. A estratégia do adiar: Outra maneira de provocar a aceitação de uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é imediato. Segundo, porque a massa ingenuamente crê que “amanhã tudo irá melhor” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao cidadão para se acostumar à idéia da mudança e de aceitar com resignação quando chegar o momento.
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05. Dirigir-se ao público como criaturas de pouca idade: A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonações particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criatura de pouca idade ou um deficiente mental. Quanto mais tente-se procurar enganar o espectador, mais tende-se a adotar um tom infantil. Por quê? “Porque dirigir-se a uma pessoa como se tivesse 12 anos ou menos, tenderá, por sugestão, a adotar respostas ou reações mais infantis e desprovidas de sentido crítico”.
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06. Utilizar o aspecto emocional muito mais que a reflexão: Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para curto-circuitar a análise racional e neutralizar o sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir a determinados comportamentos.
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07. Manter o povo na ignorância e na mediocridade: Fazer com que o público seja incapaz de compreender a tecnologia e métodos utilizados para seu controle e escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância entre estas e as classes altas permaneçam inalterada no tempo e seja impossível alcançar uma autêntica igualdade de oportunidades para todos.
” * * * * *
08. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade: Fazer crer ao povo que está na moda a vulgaridade, a incultura, o ser mal falado ou admirar personagens sem talento ou mérito algum, o desprezo ao intelectual, o exagero do culto ao corpo e a desvalorização do espírito de sacrifício e do esforço pessoal.
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09. Reforçar o sentimento de culpa pessoal: Fazer crer ao indivíduo que ele é o único culpado de sua própria desgraça, por insuficiência de inteligência, de capacidade, de preparação ou de esforço. Asim, em lugar de rebelar-se contra o sistema econômico e social, o indivíduo se desvaloriza, se culpa, gerando em si um estado depressivo, que inibe sua capacidade de reagir. E sem reação, não haverá revolução.
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10. Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem: Nos últimos 50 anos, os avanços da ciência geraram uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o Sistema tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicológica. O Sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que ele se conhece. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um maior controle e poder sobre os indivíduos, superior ao que pensam que realmente tem.

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Noam Chomsky Visões Alternativas Avram Noam Chomsky (Filadélfia, 7 de dezembro de 1928) é um linguista, filósofo e ativista político estadunidense. É professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Seu nome está associado à criação da gramática ge(ne)rativa transformacional. É também o autor de trabalhos fundamentais sobre as propriedades matemáticas das linguagens formais, sendo o seu nome associado à chamada Hierarquia de Chomsky. Seus trabalhos, combinando uma abordagem matemática dos fenómenos da linguagem com uma crítica do behaviorismo,nos quais a linguagem é conceitualizada como uma propriedade inata do cérebro/mente humanos, contribuem decisivamente para a formação da psicologia cognitiva, no domínio das ciências humanas. Além da sua investigação e ensino no âmbito da linguística, Chomsky é também conhecido pelas suas posições políticas de esquerda e pela sua crítica da política externa dos Estados Unidos. Chomsky descreve-se como um socialista libertário, havendo quem o associe ao anarcossindicalismo. O termo chomskiano é habitualmente usado para identificar as suas idéias linguísticas embora o próprio considere que esses tipos de classificações (chomskiano, marxista, freudiano) "não fazem sentido em nenhuma ciência", e que "pertencem à história da religião, enquanto organização".

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EM SE PLANTANDO, TUDO DÁ





HOMENAGEM AO MEU IRMÃO PAULO BASTOS,
PELO TEMPO EM QUE FOMOS SÓCIOS,

E PELO MUITO QUE ME ENSINOU SOBRE AMIZADE E DIGNIDADE.

FALECEU EM 2002 ENTRE MUCUGÊ E SALVADOR,
ONDE SERIA HOSPITALIZADO.



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