segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

REVISTA eisFluências N.26 - dezembro/2013

Revista eisFluências de Dezembro/2013 

Para Ler a Revista clicar em:

http://www.carmovasconcelos-fenix.org/revista/eisFluencias/eisFluencias_Dezembro_2013_4_26.htm

Sumário da Revista:

CONVIDADO DO MÊS - Fahed Daher - "CONHECER-SE A SI MESMO"...
António Justo - "NELSON MANDELA – UMA LENDA NOS MEANDROS DO PODER"
Ary Franco (O Poeta Descalço) - "MINHA PAZ, NOSSA PAZ!"
Carlos Lúcio Gontijo - "MEDALHA NO PEITO DA PESSOA CERTA"
Antonio Carlos Mongiardim Gomes Saraiva - "LOUVA-A-DEUS"
Clóvis Campêlo - "A DOR DE UMA SAUDADE"
Faustino Vicente - "VANDALISMO DO 4º SETOR"
Humberto Pinho da Silva - "BRINCANDO AO SOL"
Humberto Rodrigues Neto - "GUERRA CONTRA O PAPA"
Irene Mercedes Aguirre - "SABIDURÍA - A Confucio (siglo VI)"
Isabel C.S.Vargas - "TEMPO DE SER FELIZ "
João Bosco Soares dos Santos - "AFETO E TERNURA"
Jorge Cortás Sader Filho - "DUDA"
José Ribamar Bessa Freire - "DOM WALDYR, O NOSSO BISPO"
Marco Bastos - "EM TUDO"
María Sánchez Fernández -"PREMIOS PRÍNCIPE DE ASTURIAS 2013"
Nuno Rebocho - "QUANDO BUZINAM OS TÁXIS DA TRISTEZA"
Roberto Romanelli Maia - "O ORGASMO FEMININO UM REMÉDIO NATURAL E NECESSÁRIO"
Urda Alice Klueger - "ROUBARAM-LHE O MAR!"
Walter da Silva - "TRADIÇÕES, CONTRADIÇÕES (90)"

Todas as Revistas já editadas, podem ser consultadas a qualquer momento na FÉNIX, sob o link que criámos para o efeito:

http://www.carmovasconcelos-fenix.org/revista/eisFluencias/publicacoes.htm

e onde o respectivo Livro de Visitas aguarda os vossos prezados comentários. Eles são incentivadores para nós!




EM TUDO
Marco Bastos

Dia se abre sem cadeado.
- canto se canta canto entoado.
riso se ri rindo de tudo.
- tempo de si, sol sobre tudo.
Mundo se mudo é tudo absurdo.
- fala que a fala cala no fundo.
venta que o vento só é movimento.
- sente o sentir do vir e do ir.
Eu nesse canto quanto me encanto
se verso o sabor de um verso de amor...
- em tudo...


Múltiplas e variadas são as línguas e as linguagens, há muito tempo entendidas, intuitiva, apriorística, ou formalmente, como instrumento de comunicação entre pessoas, povos, ou grupos.  Toda língua resulta de uma convenção entre aqueles que a conhecem e dominam, podendo adquirir características modificadoras para, além de portar pensamentos, o fazer de forma diferenciada em estilos. São estruturadas a partir de signos que se dão a conhecer pela forma, pelo som, por sinais impressos, acústicos, gestuais, ou visuais com função “significante”, e a esses signos associam-se conceitos denominados “significados”, que aos signos emprestam um valor lógico de conhecimento e de reconhecimento, técnico ou estético. O signo ao transportar ideias e pensamentos vem a se constituir no elemento da “palavra” – unidade do discurso.

 "Os significados das palavras fornecem a mediação simbólica entre o indivíduo e o mundo, ou seja, como diz VYGOTSKY (1987), é no significado da palavra que a fala e o pensamento se unem em pensamento verbal. Para ele, o pensamento e a linguagem iniciam-se pela fala social, passando pela fala egocêntrica, atingindo a fala interior que é pensamento reflexivo".

A partir desse ponto, da metalinguagem, da linguagem que fala da linguagem, ou de uma linguagem, tentando explica-la beiramos o conceito da tautologia, no sentido da coisa que se explica a partir de si mesma. “A fala interior é pensamento reflexivo”, e não se consegue pensar sem recorrer às palavras.

E tudo seria tão simples, linear e racional caso não houvesse “denotação” – “palavras em estado de dicionário”, no dizer de Drummond – significado mais próximo de sua expressão literal; e “conotação” - sentido mais geral que se pode atribuir a um termo abstrato, além da significação própria. Ou seja, a palavra se modifica no contexto em que se insere, ganhando novos ou múltiplos significados, plasticidade denominada polissemia, em que a mesma palavra não é sinônima de si mesma por conter significados diferentes.

Há diversificação com origem na geografia, há bairrismos adaptando as linguagens a quase dialetos, há diferenciações por áreas do conhecimento a exemplo da linguagem própria dos poetas, do advogado, do médico, do engenheiro, etc.

 A Comunicação se estabelece entre emissores e receptores pela difusão de mensagens por meio da línguagem convencionada que percorre um processo vivo de codificação, de divulgação ou de propagação, e de decodificação de significados que representam ideias, pensamentos, percepções, e sensações.

Enquanto na prosa predominam as características denotativas das palavras, os poemas se valem com frequência de recursos conotativos. Inventam metáforas, metonímias, figuras de linguagem e de estilo, formas de expressão variadas a ponto de ser a poesia por vezes definida como “Poesia é a maneira poética de se dizer”.  E, no entanto, tal assertiva não é vazia de significado nem é tautologia viciosa no momento em que “maneira poética de dizer” passa a corresponder a uma linguagem que distancia o significado da mera adjetivação.

A literatura descobriu a potência do discurso bem antes da sistematização Semiótica. Para ela, “a mentira repetida mil vezes não se converte em verdade” – a repetição mecanicista simplesmente desfaz os significados, tornando o discurso vazio. A palavra eleva-se à condição de matéria prima para a elaboração da arte, e a Arte ultrapassa os limites do aparentemente belo. A adjetivação perde a sua importância desde que ser linda é imanente à própria rosa, e adjetiva-la significa admitir que a característica que lhe é inerente possa não existir. Do classicismo deslocou-se para o gongorismo, para o parnasianismo, para o simbolismo, para o modernismo, sempre em busca de suas “verdades”.

As Sociedades percebem na linguagem seu alto poder de mudança e de alinhamento de vontades que se converte em poder político no “discurso” de Foucault, composto de sequências semióticas (relações entre sinais) entre objetos, assuntos, e declarações.

Noam Chomsky distingue entre Estruturas Profundas e Estruturas de Superfície que supunha desempenhassem com relação à linguagem o papel que as teses de Freud e Marx desempenharam com relação à mente e à sociedade, respectivamente. A “estrutura profunda”, como Chomsky a definiu em “The Current Scene in Linguistics” (1966), é “a forma abstracta subjacente que determina o significado da frase”. Chomsky escreve sobre a Manipulação Midiática.

Quanto à poesia, há sinalização que indica evolução na direção de uma linguagem gestáltica, substantiva, a envolver aspectos míticos, místicos, subliminares, psicológicos, sociais, éticos e estéticos que permeiam o fazer poético, levando-o para além do semântico para expressar o homem atual em toda a multiplicidade de movimentos.

Marco Bastos



Marco Bastos é Engenheiro Mecânico. Professor em Escolas de Engenharia e de Administração de Empresas (até dez/2011). Pós Graduação em Docência no Ensino Superior. Membro do Conselho de Redação da Revista eisFluências desde outubro 2009. Escritor e pintor amador.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

PETITE FLEUR

AS DUAS INTERPRETAÇÕES PODEM SER OUVIDAS SIMULTANEAMENTE.
DEIXE TRANSCORRER 20 SEGUNDOS DA VERSÃO DE SIDNEY BECHET E ACIONE SANDOR BENKÓ NESTE TEMPO.
FICA BOA A SUPERPOSIÇÃO DAS DUAS INTERPRETAÇÕES.






terça-feira, 12 de novembro de 2013

DILEMA

  1. DILEMA

    Eu trago nesse canto em pauta, por dilema
    sofrido pensamento à beira dum riacho
    com tochas que se acendem em rochas sem poema
    perdido em um conflito, aflito onde me acho.

    Se encontro em desencontro a trama do problema
    começo e já reparto a questão de alto a baixo
    divido bem o todo em partes-teorema ...
    e são coisas que igualo a causas que não encaixo.

    Sinto a dualidade e a vida se bifurca
    em cada encruzilhada à frente do caminho
    - no canto do meu fado a vida quer mazurca.

    À margem do riacho ao olhar redemoinho,
    a voragem me cega, a noite me conspurca
    querendo alinhar água, e água é desalinho.

    Marco Bastos.




sábado, 9 de novembro de 2013

A PROPÓSITO







A propósito das rubras rosas que voaram em uma rua, que não essa; povoada um dia, que não hoje; por sonhos que se foram salgando o mar ao fundo - que não esse; dando-lhe vida, sem ser essa ... fotografia;

se perguntasses: e rosas voam!??
responderia: tu viste rosas; eu margaridas
-  são os sonhos! ... é a vida!...

Marco Bastos





quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O QUE TEMIA UM HOMEM SIMPLES?

Finalmente llegó el día que Albert Einstein tanto temía...





Un día en la playa


Alentando juntos a su equipo favorito!!


Disfrutando de una cena


Disfrutando de una cita de amor!


Conversando con el amigo de toda la vida!



Una visita del museo



Disfrutando de la vista


Tengo temor al día en que la tecnología supere nuestra interacción humana, porque entonces el mundo tendrá una generación de idiotas
….y ese día ha llegado, ya está aquí....




terça-feira, 15 de outubro de 2013

REVISTA EISFLUÊNCIAS - 25ª EDIÇÃO COMEMORATIVA DO 4º ANIVERSÁRIO.




DIVULGAÇÃO DA 25ª EDIÇÃO DA REVISTA LITERÁRIA EISFLUÊNCIAS, LUSO-BRASILEIRA, COMEMORATIVA DO SEU 4º ANIVERSÁRIO,

Informação nº 05/Outubro/2013

Estimados leitores,
É com imenso prazer que lhes trazemos a Revista eisFluências do mês de Outubro/2013 na sua 25ª edição bimestral - e comemorativa do seu 4º ANIVERSÁRIO.  A todos os digníssimos autores que nos têm acompanhado nestes 4 anos de edição agradecemos a prestimosa e honrosa colaboração. A todos os leitores que nos têm agraciado com as suas mensagens de apoio e incentivo manifestamos também a nossa gratidão.

Revista eisFluências de Outubro/2013
Para Ler a Revista clicar em:

http://www.carmovasconcelos-fenix.org/revista/eisFluencias/eisFluencias_outubro_2013_4_25.htm

Sumário da Revista:

EDITORIAL -  Por Marco Bastos - "REFLEXÕES SOBRE A EISFLUÊNCIAS EM SEU QUARTO ANIVERSÁRIO"

CONVIDADO DO MÊS - Jose Ribamar Bessa Freire - "O ARMANDO DA BICA"

Agostinho Rodrigues - "A METAMORFOSE DE NARCISO"

António Carlos Mongiardim G. Saraiva - "FEBRE DIGITAL"

António Justo - "O PAPA DA LITERATURA ALEMÃ MARCEL REICH-RANICKI MORREU" e " BISPOS NAS PEGADAS DO PONTÍFICE FRANCISCO"

Arnaldo Saldanha Abreu - " ELE E ELA"

Ary Franco (O Poeta Descalço) - "A DIFÍCIL PAZ INTERNACIONAL"

Carlos Lúcio Gontijo - "TEMPO DE "DESARTE" E ENTRETENIMENTO" e "DRIBLANDO A LÓGICA CULTURAL"

Fahed Daher - " SEXO - FAMÍLIA - SOCIEDADE"

Faustino Vicente - " A BÍBLIA E O CLIMA ORGANIZACIONAL"

Humberto Pinho da Silva - " REFLEXÕES PARA O DIA DE FIEIS DEFUNTOS"

Humberto Rodrigues Neto - " NINGUÉM É DE NINGUÉM" e "HEBREUS E ASSÍRIOS"

Irene Mercedes Aguirre - "CARTA DE AMOR PLANETARIO" e "LEY DEL AMOR"

Isabel C.S.Vargas - "O VALOR DA AMIZADE" e  "INVERNO"

Isabella Lígia Moraes - "O MITO DE EVOLUÇÃO DA LINGUAGEM NO POEMA “ISSO É AQUILO”, DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE"

Jorge Cortás Sader Filho - "O JULGAMENTO DO SUPREMO"

Lúcio Reis - "A NATUREZA E O HOMEM"

María Sánchez Fernández -"MI CARIÑOSO HOMENAJE A UN GRAN AMIGO POETA DESAPARECIDO"

Mario Rezende - "SÓ DÁ ELA DESFILANDO PELOS MEUS PENSAMENTOS"

Rui Moreira Henriques Serrano - "O ESTADO - NAÇÃO PIRÂMIDE"

Silas Correa Leite - "TALES DE MILETO E SILAS ZEN-BOÊMICO"

Urda Alice Klueger - "ENCHENTE NO FINAL DO INVERNO"

Walter da Silva - "VÁVÁ, O APOSENTADO"

Todas as Revistas já editadas, podem ser consultadas a qualquer momento na FÉNIX, sob o link que criámos para o efeito: http://www.carmovasconcelos-fenix.org/revista/eisFluencias/publicacoes.htm

e onde o respectivo Livro de Visitas aguarda os vossos prezados comentários. Eles são incentivadores para nós!

Mais uma vez, solicitamos que usem o Livro de Visitas em vez dos habituais mail’s que nos endereçam, aos quais, devido à quantidade, nem sempre podemos responder em tempo.

Nunca será demais repetir que ficaremos sempre gratos se cada leitor fizer a divulgação que lhe for possível no seu site ou blogue, se o tiver, ou por qualquer outro meio ao seu alcance.

Esperando que tenham uma agradável leitura, e gratos por estarem connosco,

As nossas Saudações Literárias!

Em nome de toda a equipa que faz a eisFluências,

O Director
Victor Jerónimo
(Portugal/Brasil)

A Directora Cultural
Carmo Vasconcelos
(Portugal)

O Web Designer
Henrique Lacerda Ramalho
(Portugal)

A Proprietária
Mercedes Pordeus
(Brasil)

15 de Outubro/2013

domingo, 8 de setembro de 2013

TANGERINA



Tangerina, seus sabores
Tantas cores nos colares
São os sonhos são as flores
Tant´os pomos nos pomares.

Marco Bastos.



BRINCANDO COM OS MONSTROS SAGRADOS: Essas duas interpretações de TANGERINE podem ser ouvidas simultaneamente. Iniciando Stan Getz treze segundos após o início do Dave Brubeck acontece uma superposição interessante - como se fosse canto e contracanto. É raro que ritmos e tons se combinem tão bem em gravações de músicos diferentes. Minha amiga Áurea Charpinel, aos 8´37" talvez continuasse na La Cumparsita, deixando a Tangerine sem o sax. rs.



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Revista eisFluências de Agosto/2013


Revista eisFluências de Agosto/2013

Para Ler a Revista clicar em:




Todas as Revistas já editadas, podem ser consultadas a qualquer momento na FÉNIX, sob o link que criámos para o efeito:




O respectivo Livro de Visitas aguarda os vossos prezados comentários. Eles são incentivadores para nós!

Uma realização de Victor Jerônimo, Mercedes Pordeus, Carmo Vasconcelos e Henrique Ramalho que sempre tenho muita satisfação em lhes trazer.

Marco Bastos

segunda-feira, 15 de julho de 2013

CUSTO DE OPORTUNIDADE NA FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA

ALGUMAS PONDERAÇÕES À LUZ DO QUE TANTO SE DISCUTE. CUSTO DE OPORTUNIDADE NA FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA. OBRIGAÇÕES SOCIAIS DOS FORMADOS EM ESCOLA PÚBLICA.

Escrevo esse texto para melhor analisar de que forma a Sociedade obtém resultados quando investe na formação profissional de seus cidadãos. Se o custo da Escolarização deve ser considerado obrigação da pessoa, submetendo-a a processo de cobrança ou à obrigatoriedade na contraprestação de serviços profissionais nas condições que o Estado lhe imporia; ou se a pessoa mantém a sua autonomia, mesmo que não tenha tido gastos com sua formação profissional, formação essa que lhe permitirá obter renda, salários e compensações financeiras no livre exercício profissional.

Interessa-me analisar o assunto pela ótica Social e Macroeconômica, mas é preciso que se possa estabelecer a fronteira entre o Micro e o Macroeconômico, desde que as pessoas analisam suas obrigações e sua situação financeira pelos conceitos da Microeconomia.

A) CUSTO em termos econômicos é o valor monetário despendido para obter um Bem ou Serviço. A sua apuração está relacionada com conceitos e modelos econômicos e é equacionada para atender a diversas necessidades de análises. CUSTOS VARIÁVEIS: Maior o volume produzido, maior o custo variável total. CUSTOS FIXOS - proporcionais ao tempo de utilização de um recurso produtivo. Não variam com a quantidade produzida. Essa classificação em Custos Fixos e Variáveis viabiliza estudos de Lucratividade dos Processos, Retorno do Capital Investido, mensuração de riscos através do Ponto de Nivelamento, etc, conforme modelos da Microeconomia. Há outras classificações não menos importantes para a melhor apuração e conhecimento dos Custos: CUSTOS DIRETOS - correspondentes ao valor dos insumos diretamente agregados aos Bens e Serviços, uma matéria prima, por exemplo; e CUSTOS INDIRETOS - gastos em itens que não se agregam fisicamente ao produto, por exemplo, os salários do Chefe do Almoxarifado; CUSTO MARGINAL - o quanto se gasta para produzir uma unidade a mais de um produto, num determinado processo de produção; CUSTOS IMPUTADOS - não correspondem aos pagamentos imediatos, mas referem-se ao rateio de valores pagos ou provisionados em períodos diferentes daqueles em que a produção ocorreu. 

Há outras classificações de Custos (Operacionais e Organizacionais, Custos pela Classificação ABC, por exemplo), mas para a Microeconomia, que trata de VOLUMES, LUCRO, DESPESAS E CUSTOS, esses são os fundamentais.

As Empresas e as Pessoas estão bastante familiarizadas com esses conceitos, muito embora, algumas vezes, apenas intuitivamente. Auferem Receitas, têm Renda ou têm seus esforços remunerados com Salários. Da comparação entre o que recebem e o que pagam, concluem sobre suas situações econômico-financeiras, e constatam sua prosperidade ou não, disponibilidades e compromissos.

B) Pelo lado SOCIAL E MACROECONÔMICO, não tem sentido que se pense em LUCRO do ESTADO, desde que suas Receitas são originadas nas taxas, valores dos serviços e impostos pagos pelas pessoas, indivíduos e empresas, com a finalidade não de acumular riquezas, mas de prover a Sociedade com serviços e infraestrutura necessários à prosperidade, ao bem estar dos cidadãos, e ao funcionamento da Sociedade. 

A questão das Finanças Públicas é regida pela Legislação e materializa-se nos Orçamentos da Federação, dos Estados e dos Municípios. Tais Orçamentos deverão contemplar os programas e projetos do Setor Público, sem serem superavitários nem deficitários. Os Governos são os gestores dos projetos e programas que devem estar em conformidade com as políticas de financiamento provedoras dos fundos para o equilíbrio Regional e Setorial da Economia. 

Do ponto de vista Macroeconômico o Produto Interno Bruto corresponde ao valor da produção de todos os Bens e Serviços da Sociedade em todas as suas transações, e distribui-se assim: PIB = C + I + G + (E-X) onde C = Consumo, I = Investimento, G= Gastos do Governo, E = Exportações, X = Importações. Por outro lado, considerando-se a População como variável Macroeconômica, a Renda das pessoas é equacionada como R = C+P, com C=Consumo, P= Poupança, podendo parte de a Poupança converter-se em Investimento.

Como tudo o que é produzido na Sociedade é propriedade das Pessoas, tem-se que a Renda iguala ao Produto e R = PIB. 

Além desses grandes agregados Macroeconômicos, há que se considerar a nível de Setores, Regiões e Estratos da População as Transferências entre Setores, Regiões e Estratos Populacionais. No entanto as Transferências não interferem no cálculo do PIB e da Renda, devido a que Renda e PIB são medidas totais – o que entra em um Setor saiu de outro Setor e na soma os valores se anulam. 

Os Fluxos Financeiros do (e para o) Exterior, constituem o Balanço de Pagamentos, Obrigações Correntes na Economia. Também não interferem diretamente na apuração do PIB e da Renda. Podem eventualmente contribuir para a dinamização da Economia, quando os recursos são aplicados em Investimentos, mas, intrinsecamente, são transações de créditos e débitos e não de Receitas e Despesas.

É nesse contexto que analiso a questão da recompensa que a Sociedade obtém por custear o Ensino, e particularmente a Formação Universitária; e se o estudante da Escola Pública deve valores monetários à Sociedade que custeou os seus estudos.

Para isso introduzo outro conceito – O CUSTO DE OPORTUNIDADE, assim definido: 

“CUSTO DE OPORTUNIDADE é o valor do benefício que se deixa de ganhar quando, no processo decisório se toma um caminho em detrimento de outro.”

Nos projetos do Setor Público ou da Iniciativa Privada, quando os recursos financeiros são escassos; quando há impossibilidade ou dificuldades muito grandes de avaliar os rendimentos e receitas; quando se sabe de antemão que o projeto não produzirá resultados financeiros positivos; ou quando o horizonte de tempo é muito extenso para poderem ser avaliados pelos métodos dos custos e benefícios, rentabilidade e retorno dos investimentos, pontos de nivelamento, taxas de retorno, etc, recorre-se ao dimensionamento dos custos de oportunidade que permite a escolha racional entre alternativas.

Há técnicas que permitem a determinação desses custos.

O processo decisório deve considerar a essencialidade que a implementação do projeto atende e não os conceitos de escolha microeconômica determinados pelos indicadores econômico-financeiros citados.

No entanto não se deve abrir mão da análise de viabilidade (todos os problemas do projeto terão que ser passíveis de solução), vulnerabilidade e realizabilidade (a impossibilidade de implantação do projeto não comprometerá a empresa ou a sociedade desastrosamente), atratividade (é provável que a relação custos x benefícios seja favorável). 

Exemplos de situações-problema:

a) O investimento em uma hidrelétrica de grande porte tem um tempo de retorno do capital superior a um século e é impossível garantir que as condições sócio-políticas, e ambientais dos dias atuais prevalecerão por esse tempo. No entanto, a não implantação compromete a estabilidade e o desenvolvimento de uma região no curto e médio prazos.

b) A não formação de engenheiros, conforme a demanda compromete o desenvolvimento tecnológico e a economia: dependência tecnológica do exterior, operação dos processos com baixa eficiência, obsolescência de processos, baixa competitividade com relação à concorrência de outros países., desabastecimento, pagamento de royalties.

c) Os déficits de investimento na rede hospitalar, em saúde e a não formação de médicos na proporção adequada a que se tenha uma população saudável e produtiva terá por consequências: maior incidência de doenças, absenteísmo e óbitos, deterioração do clima social, insatisfação, omissão e rebeldia, ocorrência de epidemias, redução da produtividade e do bem estar da população, complicação dos estados de morbidez, elevação dos custos hospitalares. 

d) A falta de investimentos em infraestrutura viária resultará em rede de transportes ineficiente, demorada, de elevados custos, perda de competitividade nas exportações, perda de produtos perecíveis por falta de escoamento, redução da vida útil dos equipamentos de transporte, trens, caminhões. etc. não aproveitamento das vias fluviais e marítimas. 

Colocados esses problemas e suas consequências depreende-se que aos governos (gestores das políticas, programas e projetos), cabe a responsabilidade pela implementação em tempo hábil para que soluções improvisadas e emergenciais não precisem ser adotadas. 

Não cabe o questionamento se os projetos são ou não rentáveis, pois são essenciais – o "custo-de-não-ter" inviabiliza ou prejudica substancialmente o funcionamento da Sociedade e da Economia. 

Não cabe questionar pela lógica da Microeconomia se os profissionais são devedores dos valores gastos em sua formação, monetariamente, tendo em vista que o retorno dos gastos é mais do que compensado pelo ganho de competência a disposição da Sociedade que não sobrevive sem essas competências. 

Embora a título de exemplificação eu só tenha abordado as formações profissionais de engenheiros e médicos, cabe aos órgãos competentes da Sociedade identificar que competências são necessárias ao seu funcionamento e à potencialização de suas capacidades (atuais e futuras) e estruturar as Universidades Públicas para ter somente as Faculdades correspondentes.

A começar pelas Universidades, cabe aos governos prover as condições necessárias ao exercício profissional responsável, seja através de instalações adequadas, seja disponibilizando pessoal e instalações complementares, e promover condições de infraestrutura que não tornem a atividade profissional um ato de abnegação e de heroísmo, sejam os Governos empregadores ou não. Não sendo, a sua função é de legislar para incentivar, motivar ou condicionar a integração das atividades da iniciativa privada.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

MARTHA ROCHA

RELÍQUIA - DE UM TEMPO OUTRO EM QUE A MULHER NÃO CHUTAVA BOLA, NEM LUTAVA BOXE. rs.

CHEGADA DE MARTHA ROCHA A SALVADOR, APÓS CONCURSO.
http://www.youtube.com/watch?v=n9a1Aid58uI






sábado, 6 de julho de 2013

domingo, 30 de junho de 2013

LUA LUA - QUEM TE VIU E QUEM TE CONHECE.

SUPER LUA. - FOTOS DA SUPER LUA DE JUNHO DE 2013 PELO MUNDO.
clicar em slideshow



segunda-feira, 17 de junho de 2013

quarta-feira, 5 de junho de 2013

EM TEU SONETO


EM TEU SONETO 
Marco Bastos

Na lua do soneto em que me deito 
soneto que te crava mil palavras 
te sinto a pulsar dentro do peito 
nas águas onde lavas tuas lavras

em doce marulhar soneto feito 
teus versos se enroscam em letras bravas 
tu dizes 'mesmo assim', bem desse jeito 
como diz a que goza e manda às favas

quisera ser poeta em noite escura 
te ver num estrelar de céu de estrelas 
beber na tua língua - sal – lonjura

as letras que tu escreves, volto a tê-las 
para curar do escuro a que me cura 
o corpo ao navegar meu mar de velas.



Salvador, Bahia



sábado, 1 de junho de 2013

CRÔNICA À GUISA DO PRIMO_ROSO

Segundo ela, querida amiga, um pequeno elogio que já rendeu um Trívioletra, sendo conCertado, rs, e essa pequena Crônica sobre a sábia bestuntice do amor.

CRÔNICA À GUISA DO PRIMO_ROSO

Minha amiga, Priscila. Primo_Roso na minha família é o filho adotivo da tia Margarida Jardim, do segundo casamento com o tio Lírio Dourado. O primeiro casamento foi muito bem até a crise dos 7 anos, quando então se desquitaram por questões meramente existenciais. Não conseguiam mais chegar a um entendimento que diferenciasse SER de ENTE.

Depois de 5 anos de separados, numa bela manhã de setembro, por feliz coincidência do destino, os dois se encontraram fazendo compra de berinjelas na feira de Batatais. Entre uvas e amoras, logo constataram que para os dois, a separação amargava feito jiló.

Reacendida a paixão, e como a Certidão de Casamento já tinha caducado, resolveram entre si, e se casaram novamente no mês seguinte. Como ela levava a prole da produção SERiada do primeiro casamento e o Lírio apresentou o Roso da Horta, como ENTEado, acharam por bem consultar um Conselheiro Matrimonial muito competente, que logo lhes ensinou o mantra para evitarem um terceiro casamento.

E passaram anos na maior paz, seguindo a risca o conselho recebido: Quando pairava qualquer dúvida conceitual entre os dois, sem qualquer discussão, tia Margarida dizia: "Ser é Ser!". O Lírio então retrucava: "Ente é Ente!". Em coro, abraçados os dois concluíam em uníssono: "E o rabanete??? E o rabanete???" - e riam, riam, na sesquicentenária vez, como na primeira.

Marco Bastos 
rsrs.

domingo, 12 de maio de 2013

domingo, 21 de abril de 2013

ESCABROSA ALUAÇÃO


ESCABROSA ALUAÇÃO

No canto da minha rua
ria Jeremias João 
Tião, puxando charrua
Ana, chicote na mão.

No canto canta a viola
O riso ri sem perdão
A paz viola a viola
O escravo mostra o facão. 

Passam dias sem sossego
Canção na mesma canção
Ana muxoxo e chamego
Tião suando no chão.

Vai um dia outro dia
no sol da libertação
a lua cantava e ria 
Cai Ana nua no chão.

Tião o facão afia
Mia um corte no bucho
Feijão o gato comia
Cobria Ana com luxo.

Cumprida a lida comprida
Jeremias sem viola
Ana perdida na vida
Tião num jogo de bola.

Marco Bastos.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

REVISTA eisFluências - abril/2013

DIVULGANDO:







Informação nº 02/Abr/2013



Estimados leitores,

É com imenso prazer que lhes trazemos a Revista eisFluências do mês de Abril/2013 na sua 22ª edição bimestral, desta vez acrescida de um Espaço Poético suplementar.
Conforme já explicitadas as razões na anterior edição do mês de Fevereiro, a Revista num novo formato (excluídos o PDF e a apresentação em Livro) bem como todos os assuntos a ela referentes, passaram a estar acoplados ao site FÉNIX, em:
mantendo-se a inicial Direcção, acrescida do novo Web Designer, Henrique Lacerda Ramalho.
Todas as Revistas já editadas, podem ser consultadas a qualquer momento na FÉNIX, sob o link que criámos para o efeito:
e onde o respectivo Livro de Visitas aguarda os vossos prezados comentários. Eles são incentivadores para nós!
Mais uma vez, solicitamos que, sempre que possível, usem o Livro de Visitas em vez dos habituais mail’s que nos endereçam, aos quais, devido à quantidade, nem sempre podemos responder em tempo.
Revista eisFluências de Abril/2013
Para Ler a Revista clicar em:
Sumário:
Boletim IMC - "Dia Mundial do Livro"
António Justo – “Diálogo Inter-Religioso e Cultural...”
Carlos Lúcio Gontijo – “A Erva Daninha da Ignorância”
Ervin Figueiredo - "Quando o Amor Acabou" ; Poema
Humberto Pinho da Silva - "A Melhor Estatueta de Eça"
Isabel Cristina Vargas – "Lembrando as Palavras de Cícero"
Jorge Cortás Sader Filho - "Vila dos Confins" ; Trovas
Luiz Carlos Leme Franco - "O Ponto"
Marco Bastos – “Manifesto - Trívioletras”
Maria da Fonseca - "Parabéns Brasília"
María Sánchez Fernández – “Día Mundial del Libro"
Mario Rezende - "Foi Assim, Pronto e Acabou?" ; 2 Poemas
Nuno Rebocho – "Experiência Cabo-Verdiana"
Urda A. Klueger - "Ar Polar"
Valdir Barreto Ramos - "O Encanto da Sereia"
Walter da Silva – “Tradições, Contradições (81)”
Espaço Poético:
Ceres Marylise
Irene Mercedes Aguirre
Gérson alves
João Bosco Soares dos Santos
Carmo Vasconcelos
Pedro Du Bois
Ruth Farah

Nunca será demais repetir que ficaremos sempre gratos se cada leitor fizer a divulgação que lhe for possível no seu site ou blogue, se o tiver, ou por qualquer outro meio ao seu alcance.
Esperando que tenham uma agradável leitura, e gratos por estarem connosco.
As nossas Saudações Literárias!
Em nome de toda a equipa que faz a eisFluências,
O Director
Victor Jerónimo
(Portugal/Brasil)
A Directora Cultural
Carmo Vasconcelos
(Portugal)
O Web Designer
Henrique Lacerda Ramalho
(Portugal)
A Proprietária
Mercedes Pordeus
(Brasil)




E SOBRE OS TRÍVIOLETRAS
(não abrindo de primeira, insista)