terça-feira, 12 de novembro de 2013

DILEMA

  1. DILEMA

    Eu trago nesse canto em pauta, por dilema
    sofrido pensamento à beira dum riacho
    com tochas que se acendem em rochas sem poema
    perdido em um conflito, aflito onde me acho.

    Se encontro em desencontro a trama do problema
    começo e já reparto a questão de alto a baixo
    divido bem o todo em partes-teorema ...
    e são coisas que igualo a causas que não encaixo.

    Sinto a dualidade e a vida se bifurca
    em cada encruzilhada à frente do caminho
    - no canto do meu fado a vida quer mazurca.

    À margem do riacho ao olhar redemoinho,
    a voragem me cega, a noite me conspurca
    querendo alinhar água, e água é desalinho.

    Marco Bastos.